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Uma organização criminosa suspeita de dar prejuízos de mais de R$ 64 milhões ao Departamento de Trânsito de Pernambuco (Detran-PE) é o alvo da Operação Brucia la Terra, deflagrada na manhã desta quinta-feira (1º) pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), com apoio da Polícia Civil.

Os membros da quadrilha são investigados pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e fraude à licitação.

O esquema consistia em fraudes em processos licitatórios, que envolveram uma rede de 36 pessoas físicas e jurídicas — algumas, inclusive, de fachada, segundo o MPPE. O sobrepreço em alguns itens licitados chegava a até 2.425%.

O MPPE explicou, por meio de nota, que apenas uma das empresas investigadas recebeu do Detran, entre março de 2016 e maio de 2020, mais de R$ 96 milhões. O órgão ministerial não divulgou nomes das pessoas físicas e jurídicas.

Seis pessoas físicas envolvidas no esquema criminoso tiveram 29 imóveis, dentre apartamentos e propriedades rurais, bloqueados. Um total de 30 pessoas físicas e jurídicas está sendo proibida de efetuar novos contratos com o Poder Público.

Quatro pessoas foram afastadas de suas funções públicas e estão proibidas de ingressar no órgão onde trabalhavam. Além disso, estão sendo cumpridos cinco mandados de prisão e cinco pessoas estão proibidas de deixar o Brasil. Vinte e oito veículos também estão na mira da operação e serão apreendidos.

O MPPE atuou na operação por meio da 30ª Promotoria de Justiça Criminal da Capital e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco). A Polícia Civil também participou da ação.

A reportagem entrou em contato com o Detran-PE e aguarda o retorno do órgão.

O nome da operação, intitulada em italiano, significa “Queima a Terra”, na tradução para o português. É também o título da música-tema do clássico do cinema “O Poderoso Chefão”.

Folhape

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