De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), Pernambuco registrou, na última semana, um aumento de 113,4% de casos suspeitos de dengue. Segundo os dados, foram confirmados 146 casos da doença, sendo quatro desses considerados graves. Apesar do estado ainda não está em situação de emergência, diante do número alarmante no País, que chegou a 688 mil, a SES criou um Comitê de Enfrentamento para monitorar e promover o combate às arboviroses.

Segundo o clínico geral credenciado ao Cartão Saúde São Gabriel, Lucio Carlos Ferreira, as práticas de prevenção são essenciais, principalmente, porque a imunização está restrita para indivíduos de 9 a 45 anos, que testaram positivo para dengue nas áreas endêmicas. “Deve-se usar repelente seguindo as orientações: aplicar o repelente na pele exposta e por cima das roupas (nunca por baixo); não aplicar próximo aos olhos, nariz e boca; aplicá-lo sempre por último, ou seja, após o uso de hidratantes, filtro solar e maquiagem”.

As medidas de controle de reprodução do mosquito Aedes aegypti, em casa e na comunidade, também são cruciais, assim, deve-se principalmente evitar a ocorrência de água parada nos locais. O uso de produtos e roupas que diminuam a exposição da pele, é outra indicação. O profissional destaca ainda que crianças, gestantes e idosos representam os grupos que mais correm riscos ao contrair o vírus. Sendo que, em geral, o agravamento do caso acaba sendo mais rápido em menores de 9 anos do que em adultos.

Já para grávidas, caso haja a infecção, é necessária uma observação rigorosa, mesmo que não comprovada gravidade, pois o risco de óbito fetal ou nascimento prematuro é recorrente. A necessidade de avaliação e acompanhamento clínico rigoroso também é válida para idosos, que podem ter complicações e formas graves da doença. Os principais sintomas apresentados são: febre alta, náuseas, manchas vermelhas na pele e dores abdominais e nas articulações.

Diante desses sinais, é sempre indicado repouso, hidratação, e, principalmente, a procura de avaliação médica, para a prescrição do tratamento adequado. O clínico ainda alerta para o cuidado com alguns medicamentos. “O risco de automedicação, principalmente o uso de anti-inflamatórios e ácido acetilsalicílico pode aumentar o risco de sangramento, disfunção grave de órgãos e choque hemorrágico”, finaliza.

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