Por Mateus Carvalho

O poema “José”, de Carlos Drummond de Andrade, foi publicado originalmente em 1942,
na coletânea Poesias. Nele, Drummond trouxe à tona a solidão e o abandono do indivíduo na cidade grande, a sua falta de esperança e a sensação de que está perdido na vida, sem saber que caminho tomar.

Não sabia ele (ou não era sua intenção) que passados 82 anos, a sua obra seria um espelho da política caruaruense em 2024.

Afinal, por onde anda José? Depois que a festa acabou, o povo sumiu, a noite sumiu. Estaria José sem discurso? Estaria José sozinho? Pois o ‘Dia’ não veio, o riso não veio… “Poiszé”, e agora? Sozinho no escuro e tudo, tudo acabou. E agora, José?

Esse é um questionamento que talvez jamais será respondido.

O que nos leva a pensar: “Há campeões de tudo, inclusive das perdas.”

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