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O ator e diretor Ney Latorraca, de 80 anos, morreu nesta quinta-feira, no Rio de Janeiro. Ele estava internado desde o dia 20 de dezembro na Clínica São Vicente, na Gávea, Zona Sul da cidade, devido o agravamento de um câncer de próstata e morreu de uma sepse pulmonar.

Ele ficou conhecido por papéis marcantes e se destacou como Vlad, na novela ‘Vamp’ e ‘Barbosa, em ‘TV Pirata’. Nasceu em Santos (SP) em 25 de julho de 1944 e era filho de artistas. Seu pai, Alfredo, era cantor e crooner de boates, e a mãe, Tomaza, corista.

Quando jovem, criou a banda Eldorado com amigos da escola onde se formou, o Instituto de Educação Canadá. Ele estreou no teatro em 1964, aos 19 anos, em uma peça de escola chamada “Pluft, o fantasminha”.

Pouco depois, já em São Paulo, Ney Latorraca integrou o elenco da peça “Reportagem de um Tempo Mau”, dirigida por Plínio Marcos no Teatro Arena. No entanto, o espetáculo foi censurado pelo governo militar antes mesmo de estrear, e alguns dos atores chegaram a ser presos.

Depois disso, retornou a Santos e ingressou na Escola de Arte Dramática, onde participou de produções locais e, em 1969, fez sua estreia na televisão, em “Super Plá”, da TV Tupi, e no cinema, com o filme “Audácia, a Fúria dos Trópicos”.

Logo depois, trabalhou na TV Cultura e na TV Record, até estrear na Rede Globo em 1975, na novela “Escalada”, de Lauro César Muniz, contracenando com nomes como Tarcísio Meira e Susana Vieira.

Ney ficou especialmente conhecida por seu trabalho em novelas e séries de grande sucesso, como “Vamp” (1991), quando interpretou o icônico Conde Vladimir Polanski, um vampiro que se tornou um marco na cultura pop brasileira. Também fez “TV Pirata” (1988-1992), um programa humorístico revolucionário da Rede Globo e “Que Rei Sou Eu?” (1989), como Ravengar, um dos vilões mais memoráveis da teledramaturgia.

O Globo

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