Protagonistas da polarização política que domina o cenário nacional, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vão ter um destino previsto em comum nos próximos dias: Pernambuco. Enquanto o chefe do Executivo petista deverá cumprir uma agenda administrativa, o liberal virá ao Estado reforçar o projeto eleitoral da sua sigla em municípios estratégicos. A agenda de Lula ainda não está fechada, mas a previsão é que ele visite o Estado ainda neste mês.
Há uma previsão de anúncios de novos investimentos para Pernambuco vinculados ao Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Na ocasião, é esperado o anúncios de investimentos na Refinaria Abreu e Lima, Porto de Suape e Aeroporto de Caruaru. Os compromissos, contudo, ainda estão sendo definidos.
Já a vinda de Jair Bolsonaro deve ficar para depois do Carnaval, na segunda quinzena de fevereiro. No estado, além de Caruaru, no Agreste, onde o deputado federal Fernando Rodolfo já está em pré-campanha na disputa da prefeitura. O ex-presidente também deverá ter agendas na Região Metropolitana, onde o PL possui candidaturas estratégicas como a reeleição de Mano Medeiros em Jaboatão dos Guararapes, a pré-candidatura de Izabel Urquiza em Olinda e de Gilson Machado no Recife. Este último um dos seus mais próximos aliados.
Os detalhes da visita ainda estão sendo definidos, mas aliados esperam que o ex-presidente cumpra agenda, pelo o menos, nessas quatro cidades.
Giro em mais de 14 cidades
Ao longo do primeiro semestre, é aguardado que Bolsonaro priorize as quatorze cidades brasileiras em que deputados da bancada federal do PL foram lançados como pré-candidatos para a disputa do Executivo municipal.
Cabo eleitoral
De acordo com correligionários, o PL priorizará estes municípios com a participação do ex-presidente em “atos de força”. O objetivo do partido é que Bolsonaro seja um cabo-eleitoral de peso para as eleições municipais deste ano. Com isso, a legenda conseguirá ter um palanque mais forte para o pleito de 2026. Apesar do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter decidido pela inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro, a leitura no partido é que ele segue como um cabo-eleitoral de peso e que poderá fazer a diferença para o partido nas eleições deste ano da mesma forma que nas eleições gerais de 2022. Na ocasião, mesmo não vencendo a eleição presidencial, o PL formou a maior bancada na Cãmara Federal e no Senado, além de dois governadores.
Folhape